O Velho
Logo de cara via-se o rosto triste do velho sentado sozinho à mesa, lendo suas anotações manuscritas sabe-se lá quando. A testa franzindo, as sobrancelhas forçando, preocupação evidente. A garganta pigarreava minuto a minuto, o menos aparente sinal do desgaste de seu corpo. Os olhos num olhar vago, vazios, perdidos sabe-se lá em quantas lembranças e esforçando-se com dor para ler os registros no caderninho velho e triste. As mãos enrugadas traziam o cigarro à boca, sem denunciar qualquer outra utilidade. As pernas paradas abaixo, numa posição tão incômoda que pareciam nada sentir. Seus cabelos eram brancos e pareciam pesados, carregando pescoço e cabeça de encontro ao chão. A figura transportava cansaço e dor aos que olhavam.
Tentei falar-lhe um "Olá, como vai?". E o brilho e o vigor surgidos em seu olhar e o largo sorriso de dentes fortes em seu rosto foram os mais belos que pude presenciar em toda a minha vida.
Tentei falar-lhe um "Olá, como vai?". E o brilho e o vigor surgidos em seu olhar e o largo sorriso de dentes fortes em seu rosto foram os mais belos que pude presenciar em toda a minha vida.
3 Comments:
Olá, Rafa!
Visitinha rápida!
Gostei deste novo espaço. Mas, espero que tenha os arquivos dos antigos textos.
No dia 17/03, haverá um sarau de música e poesia na Casa das Rosas, às 18:00 hs. +-. Acho que vale conferir!
Bj
So
Looking for information and found it at this great site... » »
Very nice site! »
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