sexta-feira, março 16, 2007

Sobre qualquer coisa.


Vamos fechar nossas carroças e voltar pra casa enquanto ainda há tempo. Ninguém gosta de se complicar, ainda mais nesses dias... Não encham o saco das professoras e nem dos ditadores e... não, esse tempo foi outro, não o meu. Hoje, apenas não encha o saco. Fique quieto com o que quiser, e se quiser fazer alguma malcriação, que faça, tanto faz. Ninguém liga pra nada, se você não perturba o sono dos bairros residenciais. Aliás, dos bairros residenciais ricos, porque os pobres já têm o sono perturbado constantemente, não precisam e nem reclamam do barulho. Então vamos armar nossas carroças, continuemos perambulando e inventando artes pra não encher o saco. Vida como teatro e barulho como fome no estômago pra pedir algumas moedas em pontos de ônibus pra completar o valor de comprar algum... alguma comida... alguma coisa que cesse esta coisa... esta coisa que não se explica e que poucos entenderiam se fosse possível.

Vamos ligar o som e escutar alguma música boa que dê força de continuar andando na chuva e no vento, nas ruas sem perspectivas de nada. De quê? De nada, de chegar em lugar algum acender um cigarro nas escadarias de uma igreja fechada e olhar como a chuva cai tão aleatória quanto nossos caminhos e nem perceber isso, apenas olhar e pensar em coisas que foram e que podem ser algum dia, mas sem notar o agora, o presente grego que recebemos sem chance de recusar e aceitamos como se fosse apenas mais um pingo d'água que escapa da marquise da casa do nosso magnífico senhor, que nos protege de tudo e de quase toda a chuva, até.

Vadios, que não ligam para as marcas que deixam, desde que elas não atrapalhem a música.

Enfim, quer saber?

Então você não sabe. Fica como está!


Só voltei pra postar esta imagem:


estamos na fila
e cai um e outro e outro e nossa vez quase já chega
é só não correr muito
não correr pra trás
que nossa vez chega
na hora que todos fogem

estamos na chuva
e cai um e outro e outro e encharca
nossos corpos com pressas apenas de chegar ali na praça quatorze
e correr de volta pra qualquer bilhar da vida

e nos caminhos
as polícias falam
sobre vencer ou perder
enquanto só queremos andar
pra longe da luz vermelha e azul
nas nossas cabeças
às noites

estamos na luz
e cai um e outro e outro e nós não

continuamos no chão
como sempre
com o andar torto
e o nariz erguido
com a aspiração de
de
de que?

Notícias


Trabalhando.

Voltando a estudar.

Bastante ônibus.

De vez em quando, algum sono tranquilo por três ou quatro horas.

Palavras? Sim, sempre!

Post? Aqui? Espero que sim...

Cansado.

Abstinência, pois é... é duro tomar cerveja apenas duas vezes por semana!

Projetos (que palavra lixo!)... Idéias. Sim, idéias!

Só, pra cá.

Até!